247 – Antes tarde do
que nunca. A Globo, que demorou 50 anos para se desculpar pelo apoio ao
golpe militar de 1964, mas reincidiu na vocação antidemocrática, ao
apoiar o golpe parlamentar de 2016 contra a presidente Dilma Rousseff,
hoje está arrependida de ter ajudado a colocar Michel Temer no poder.
A edição desta terça-feira
do jornal O Globo, da família Marinho, envia um recado direto aos sete
ministros do Tribunal Superior Eleitoral que, começam hoje a julgar a
cassação de Michel Temer.
A mensagem clara e cristalina é: a crise tem nome e se chama Michel Temer.
Ou seja: se ele não for
cassado, o Brasil continuará mergulhado no abismo, pois terá um ocupante
da presidência da República acossado pela Polícia Federal e pelo
Ministério Público, investigado por corrupção, organização criminosa e
obstrução judicial – fato inédito na história do Brasil.
Leia, abaixo, reportagem da Reuters sobre as 84 questões enviadas pela PF a Temer:
BRASÍLIA (Reuters) - O
presidente Michel Temer recebeu na tarde desta segunda-feira um
questionário com 84 perguntas a respeito do inquérito aberto no Supremo
Tribunal Federal (STF) a que ele responde a partir da delação do
empresário Joesley Batista, um dos sócios da JBS.
Os questionários foram
entregues inicialmente ao criminalista Antonio Claudio Mariz de
Oliveira, defensor de Temer. Um representante da equipe de Mariz
repassou-as a Temer.
A partir do recebimento, o
presidente tem 24 horas para responder aos questionamentos, segundo
decisão tomada na semana passada pelo ministro Edson Fachin, relator do
inquérito no STF.
O teor das perguntas, até o momento, não foi tornado público.
Ao contrário do que
esperava o Palácio do Planalto, Fachin também decidiu que a PF poderia
sim formular perguntas a respeito da conversa gravada entre Joesley e
Temer.
O governo tentou, sem
sucesso, impedir que esses questionamentos fossem feitos por entender
que estava pendente uma perícia no áudio da conversa.
Por Ricardo Brito e Lisandra Paraguassu
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