Livre, leve e solto, Aécio pode reassumir o PSDB

Marcos Oliveira/Agência Senado 
247 – A decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, de devolver o mandato ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) cria um constrangimento no ninho tucano.
Agora, mesmo depois de ter sido flagrado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, pagos em malas de dinheiro a seu primo Fred Pacheco, Aécio pode retomar a presidência do PSDB, contrariando o desejo de seus adversários internos, que preferiam manter o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) no comando.
"O afastamento do senador foi uma decisão voluntária. Ele que indicou o Tasso para o lugar dele. Portanto, se ele quiser voltar, essa é uma decisão pessoal", disse o secretário-geral do PSDB, o deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP), que é ligado ao governador paulista Geraldo Alckmin, em reportagem de Renan Truffi e Pedro Venceslau, no jornal Estado de S. Paulo.
Aécio também deve tentar influenciar a sigla a salvar Michel Temer, ainda que o custo seja a morte política dos tucanos, uma vez que o governo é rejeitado por mais de 90% dos brasileiros.
A volta de Aécio, no entanto, pode ser temporária, apenas. "A situação deve evidenciar ainda mais a disputa entre paulistas e mineiros no partido. Próximo ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Torres afirmou que o retorno de Aécio não impede o partido de pedir a antecipação das eleições internas", aponta a reportagem de Truffi e Venceslau. "Seja qual for a decisão do Aécio, defendo uma antecipação da convenção nacional", explicou Torres.

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