247 - O senador Cássio Cunha Lima
(PSDB-PB), em conversa com investidores ontem, disse que, se depender do
processo na Câmara, "dentro de 15 dias o país terá um novo presidente".
Para o tucano, a "instabilidade aumentou" com a prisão de
Geddel Vieira Lima, o avanço da delação de Eduardo Cunha e a escolha de
Sergio Zveiter (PMDB-RJ) como relator da denúncia na CCJ. Evidenciando
que uma ala do tucanato rifou Michel Temer, afirmou que "o governo
caiu".
Cássio Cunha Lima disse que, se Temer continuar no Planalto,
as propostas não passarão. O senador ainda enfatizou que Rodrigo Maia
(DEM-RJ), presidente da Câmara, já teria dado sinais de que não mexerá
na equipe econômica se assumir o governo. "Maia deverá apresentar mais
estabilidade".
Cada vez mais evidente, a disposição dos tucanos em
abandonar o governo Temer ainda esbarra em ala diminuta do partido que
defende a manutenção do apoio ao peemedebista.
O grupo que vem perdendo força defende que a decisão sobre o
rumo do partido seja tomada por um colegiado seleto: os seis
governadores, o prefeito de São Paulo, João Doria, os líderes no
Congresso, o presidente interino, Tasso Jereissatti, e o licenciado,
Aécio Neves. FHC seria ouvido.
As informações são da coluna Painel da Folha de S.Paulo.
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