O jornalista Elio Gaspari, um dos
porta-vozes do establishment econômico no Brasil, lançou a ministra
Cámen Lúcia para a presidência da República, já em 2017, no artigo Cármen Lúcia, presidente.
Ou seja: ele leva em consideração a hipótese de queda da "pinguela"
Michel Temer, nome citado nas delações de empreiteiras como a Odebrecht.
"Havia um vazio em Brasília e ele
foi ocupado pela ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal
Federal. Pudera, está no Planalto o vice de uma governante deposta, cujo
futuro depende de um julgamento do TSE. Do outro lado da praça, há um
Senado presidido por Renan Calheiros e uma Câmara até há bem pouco tempo
comandada por Eduardo Cunha", diz Gaspari.
"Na prática, a mineira miúda e
frugal sentou-se na cadeira com disposição para iniciativas audaciosas,
cenografias batidas (depois do massacre do Compaj foi a Manaus e criou
um grupo de trabalho), retórica bíblica ('Quem tem fome de justiça tem
pressa') e atitudes angelicais (no Dia da Criança recebeu um grupo de
meninos e meninas carentes)", reforça o jornalista. "Em
apenas cinco meses, Cármen Lúcia deu nova dimensão à presidência do
tribunal. Ora com frases retumbantes: 'Onde um juiz for destratado, eu
também sou'. Ora com raciocínios cortantes: a questão não é se devemos
bloquear celulares nos presídios, eles não podem é entrar."
"O desembaraço e a exposição
conseguidos pela ministra seriam apenas um asterisco se o nome dela não
estivesse na lista de prováveis candidatos a presidente da República.
Numa eventual eleição indireta para substituir Temer, com certeza. Na
disputa de 2018, talvez", diz ainda Gaspari.
Ou seja: Carmen Lúcia é um dos nomes do establishment para o pós-Temer, já em 2017.
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