O promotor criminal de Caicó, Geraldo Rufino de Araújo Júnior, instaurou Inquérito Civil Público para investigar possível prática de homicídio, tortura ou lesão corporal por agentes públicos lotados na Delegacia de Polícia de Caicó ou no Destacamento da Polícia Militar em Jardim de Piranhas, local da prisão de Edinaldo Almeida dos Santos, no dia 12 de setembro. No dia 16, ele foi encontrado morto com sinais de espancamento em uma das celas do presídio de Caicó.
De acordo com o representante do Ministério Público não existe um nexo causal do resultado morte do preso. De acordo com relatório da Penitenciária Estadual do Seridó, Edinaldo Almeida dos Santos, morreu com trauma crânio-encefálico.
Uma das considerações do promotor é que o fato ocorreu na dependência de estabelecimentos prisionais e a possibilidade de omissão de agentes públicos no atendimento médico adequado ao custodiado antes de sua morte.
Pelo menos três pessoas foram intimadas a prestar esclarecimentos nos próximos dias sobre o caso. São elas: o Major PM Nitoildo Medeiros, Comandante da 5ª Companhia Independente de Polícia Militar em Jardim de Piranhas; o Agente da Policia Civil José de Arimatéia Diniz; e o Sr. Manoel Neto Lopes, este, preso no mesmo momento que Edinaldo Almeida.
EXUMAÇÃO
O corpo do preso Edinaldo Almeida, vai ser exumado nesta quarta-feira, 28 de setembro, por uma equipe do Instituto Técnico e Cientifico de Polícia – ITEP.
Os peritos e uma equipe nomeada pelo juiz Luiz Cândido Villaça, seguirão para Jardim de Piranhas, onde o corpo está sepultado. Os trabalhos estão previstos para começar às 09 horas.
O corpo será retirado da cova e encaminhado para o ITEP em Caicó, onde os médicos e toda a equipe farão a exumação.
De acordo com o médico/legista, George Sanguinetti, que auxilia o juiz Luiz Cândido no caso, o trabalho será importante para determinar com precisão a causa da morte e até detalhes sobre as marcas no corpo da vítima.
Fonte: Sidney Silva