Também estive presente à Câmara Municipal ontem à noite. Aceitei o convite feito pelo ilustre presidente daquela Casa e até lá me dirigi, com a intenção de participar da votação em que se definiria o destino de 500 mil reais, a serem aplicados na área da Saúde.
Reservo-me ao direito de não avaliar o mérito da escolha feita. Todas as propostas apresentadas, se colocadas em prática, ajudariam a diminuir o sofrimento dos jardinenses mais humildes. Gostaria, porém, de deixar aqui registradas algumas reflexões que fiz durante o evento:
1ª) Se muitos dos presentes que ali estavam consideram imprescindível, como de fato o é, a aquisição de um desfibrilador (que nomezinho difícil, não é?) e, ressalte-se, sendo o equipamento tão barato aos cofres públicos, por que nosso hospital ainda não conta com um desses?
2ª) Quando o vice-prefeito Galbê Maia afirmou que hoje está bem mais fácil de se governar, pelo fato de Lula e Dilma destinarem muitos recursos às prefeituras, estaria ele assumindo que o progresso de Jardim nos últimos anos deve ser creditado, principalmente, ao Governo Federal?
3ª) Como a votação foi direcionada a votar SIM ou NÃO a favor da SAÚDE, significa dizer que o saneamento básico (proposto por Maciel), o abastecimento d’água (proposto pela AJAP) e melhorias no açougue público (propostas por Chico Novo) não pertencem à área?
4ª) Será realmente verdade que quase todas as residências e prédios urbanos de Jardim são abastecidos por “gatos”, consoante revelou, para o espanto de muitos, um dos senhores vereadores presentes?
5ª) Realmente assistimos a um momento histórico, em que, pela primeira vez, o povo decidiu onde aplicar recursos públicos, ou, ao contrário, fomos apenas personagens de uma peça de ficção, cujo final muitos dos que lá estavam já conheciam de antemão?
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