Há
quem esteja comemorando a cassação da governadora Rosalba Ciarlini,
achando que o drástico acontecimento será benéfico pro Rio Grande do
Norte. Não que a cassação seja arbitrária. Não estou aqui discutindo o
mérito da decisão. Até porque parece razoável, haja vista que o delito
eleitoral ficou patente com uma penca de viagens a Mossoró, a bordo do
avião oficial, durante a campanha.
Decerto que a administração de Rosalba é de um desastre tamanho que,
qualquer que fosse a mudança, teoricamente seria bem-vinda. Acontece que
a troca vem tarde, faltando apenas um ano e poucos dias para o término
do seu mandato. E o mais grave: esta decisão não é definitiva. Ela pode
recorrer ao TSE e STF. Ironicamente, pode vir por aí um entra e sai
semelhante ao da prefeita de Mossoró.
Imaginem aí a paralisação que acontecerá na já combalida máquina
administrativa do Estado, com trocas de cargos nos mais diversos
escalões do governo. E por maior que seja a vontade e competência do
vice-governador que assume, que tempo terá para fazer alguma coisa?
Ademais, pré-candidato ao governo, é provável que suas ações se voltem
pra eleição já em cima.
Voltando à decisão do Tribunal Regional Eleitoral, não discuto o
mérito, mas lamento que ela tenha vindo com atraso. O delito de Rosalba
foi cometido no ano passado.
Por Josenildo Carlos (Jornalista)
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