Trabalho de Inspeção da Secretaria do Meio Ambiente

A ARTE DE FAZER HISTÓRIA.
Com o fito de fazer uma sutil inspeção no leito do Piranhas, acompanhado da professora Luzia, Edna Araújo e Geraldão, meu parente, filho de Henrique de Pedão, apesar da manhã-tarde tórrida, cumprimos nossa missão. Não havia barramento no leito do rio. Mas, o paleio com Geraldão, permeiou pela nossa ancestralidade que é comum, pela linha paterna, e desembocou em nomes que componham nosso extenso clã, e com uma particularidade.
Começamos a traçar as linhas mestras parentais, envolvendo figuras como Tio Antônio Gonçalves, pai de Manuela velha, a única latifundiária. Eloi Gonçalves de Souza, meu bisavô. Lá pras tantas, Geraldão que é uma enciclopédia quanto a nossa árvore geneológica, saiu com a seguinte pérola: “Caboclo Antônio*, não é filho de nossa terra não. Ele veio da cidade de Fagundes, não sei pra onde fica. Mas, ele veio de lá. Era matuto comboieiro*. E na segunda metade do Séc. XIX aportou em nossas terras, mamãe me dizia isso”.
Como seguidor do Mestre Cascudo, embora o tenha lido a partir dos vinte anos de idade, mexi nas minhas fontes regionais, e encontrei o mestre Irineu Jofly, que traça o perfil da historicidade política da Cidade de Fagundes, a terra natal de Caboclo Antônio. Dizendo ficar esta localidade no planalto da Borborema, na Serra do Bodopitá, no agreste paraibano. Tem um ponto turístico, chamado “PEDRA DE SANTO ANTÔNIO”, atraindo turista até do exterior. Foi nesta cidade, que eclodiram duas revoltas: Quebra-quilo e “Ronco da Abelha”.
Caboclo Antônio, veio das plagas paraibanas, assim como o primeiro canzenza, que também era matuto e tropeiro, o pai do velho Cícero Canzenda, avô de Eugênio Pacelli. Caboclo teve várias esposas, falecidas de morte natural, deixou um clã numeroso, era o avô de Dr. Nivaldo Borges, também exerceu o ofício da almocrevaria*, com o comércio de farinha, rapadura, buscadas vezes no Brejo paraibano ou no Cariri, nas cidades de Crato, Missão Velha, Serra do Araripe.
Matuto Almocreve: Aquele que retalhava farinha e rapadura nas feiras livres do Sertão. Virgulino Ferreira ( o Lampião) até o ano de l916, exercia com o pai José Ferreira, o mesmo ofício. Pegando mercadoria na cidade de Rio Branco, hoje, Cidade de Arco-verde, e revendo na feiras de Floresta, Vila Bela (Serra Talhada e Triunfo).
Fonte: Jair Eloi de Sousa  
 
 
 

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