Jean Wyllys: "Alguém acusado de ser ladrão não pode estar na presidência da Câmara. Isso é grave!"

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) disse nesta quinta-feira (8) que é "grave para a democracia" que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) continue na presidência da Câmara dos Deputados apesar de todas as indicações de que ele teria recebido propina no esquema investigado pela operação Lava Jato. 
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"É grave para a democracia que esteja na presidência da Câmara alguém que está formalmente denunciado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ou seja, alguém que, em outras palavras, está acusado de [ser] ladrão", disse Jean. (UOL) As declarações do parlamentar foram feitas durante uma entrevista coletiva realizada na qual o PSOL apresentou um ofício da PGR (Procuradoria Geral da República) no qual o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, confirma a existência de contas bancárias na Suíça cujos beneficiários seriam Eduardo Cunha e integrantes de sua família.
É a primeira vez que o órgão brasileiro confirma as informações reveladas pelo Ministério Público da Suíça na semana passada. O líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), disse que o partido vai ingressar com uma representação contra Cunha no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara na próxima terça-feira (13).
Jean criticou líderes da oposição que, desde a semana passada, evitam retirar seus apoios a Eduardo Cunha. Na última segunda-feira (5), o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (PSDB-SP), afirmou que apesar das revelações feitas pelo Ministério Público Suíço, Cunha teria o "benefício da dúvida".
"É grave que os líderes de oposição da direita façam ouvidos moucos e se façam de cegos para essa questão, não digam nada, e até evoquem o benefício da dúvida para blindá-lo", disse Jean. "Acho que esse documento da PGR e a nossa representação vão forçar esse posicionamento. As pessoas vão ter que sair desse muro conveniente em que elas se colocaram", afirmou o parlamentar.

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