
O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da
força-tarefa da operação, diz que os áudios revelados pelo delator
Sérgio Machado com integrantes do governo Temer e outros peemedebistas,
mostram um "ataque incisivo" à Lava Jato e ao combate à corrupção.
"São pessoas tramando em segredo contra a Lava Jato. Querem cortar as
asas da Justiça e do Ministério Público", disse ele, em entrevista à
‘Folha de S. Paulo’.
Nas conversas, o ex-ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB-RR)
fala em "estancar a sangria" com o impeachment de Dilma Rousseff: "De
que sangria se está falando? Da sangria de agentes públicos corruptos
sendo investigados e levados para um julgamento justo". Segundo o
procurador, há "clareza solar" de que o objetivo dos grampeados era
'abafar a operação, para que continuem inatingíveis'
Para ele, está havendo um "contra-ataque" à Lava Jato, em medidas
como o projeto de lei que prevê a extensão do foro privilegiado a
ex-presidentes, a mudança na lei da delação premiada e a nova lei de
repatriação de ativos (que permite a legalização de recursos no exterior
por meio do pagamento de multa).
"Não é um debate público, movido pelo Congresso como um todo. É uma
discussão episódica, uma iniciativa isolada com um objetivo muito claro
de estancar a Lava Jato" (leia aqui).
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