Ao comentar o
indiciamento do ex-presidente Lula pela Polícia Federal, o ministro
Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, fez comentários moderados e
apontou eventuais caminhos no Judiciário, após uma palestra na Fundação
Getúlio Vargas.
"É uma questão que está
submetida à Justiça, que está tomando as providências, e à polícia. De
modo que certamente deve ter sido feita a devida avaliação, mas também o
ex-presidente disporá de todos os caminhos para impugnar qualquer
medida, inclusive postular num eventual habeas corpus até o trancamento
do inquérito, se for o caso", diz ele. "Há uma denúncia, mas é preciso primeiro julgar, como dizia o samba, para depois condenar", afirmou.
Gilmar disse ainda que o Brasil vive um momento de esgotamento de um modelo político. "Estamos
encerrando uma fase importante de alternância de poder e de vitalidade
da nossa democracia, porque foi extremamente importante que forças
políticas diferentes chegassem ao poder pelas eleições, mas é claro que
estamos encerrando uma fase de maneira bastante melancólica, isso é
inegável. Aquilo que está sendo revelado é bastante constrangedor".
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