O governo Michel Temer
ganhou ontem mais um fator de instabilidade, que se soma à baixa
aprovação popular e aos protestos de rua que pedem sua saída do cargo.
Ontem, em depoimento no Tribunal Superior Eleitoral, o executivo Otávio
Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, disse ter pago R$ 1 milhão
à chapa Dilma-Temer, em 2014, como propina disfarçada de doação
eleitoral. Os recursos seriam derivados das obras da usina de Belo
Monte, no Pará.
Se a ação que pede a
cassação da dupla vier a ser julgada neste ano, e houver a condenação, o
Brasil terá novas eleições ainda em 2016. Caso fique para 2017, haveria
eleições indiretas, com o Congresso Nacional escolhendo um novo
presidente.
Ontem, o ministro Gilmar
Mendes disse que não controla o relógio do TSE e afirmou que, se o
relator afirmar que o caso está pronto para votar, o colocará em pauta.
No depoimento de Otávio Azevedo, o ministro
Herman Benjamin, relator no TSE, perguntou de onde vinha o dinheiro, e
Azevedo respondeu que era estabelecido que a doação da empresa deveria
ser de 2% de todos os contratos.
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