Autoridades da Suíça bloquearam preventivamente contas
ligadas ao senador Edison Lobão, e o Ministério Público do país europeu
agora investiga se elas teriam sido usadas para receber propina; foi o
próprio banco suíço que, após o nome de Lobão aparecer entre os citados
na Lava Jato, optou por comunicar as autoridades do país europeu; as
contas, no entanto, não estão em nome do senador, mas de pessoas e
empresas ligadas a ele; chamou a atenção dos investigadores é que parte
das transferências ocorreu sem qualquer tipo de justificativa, o que
acendeu sinais de alerta entre os serviços de monitoramento; líder da
CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), foi Lobão quem presidiu a
sabatina de Alexandre de Moraes
As informações são de reportagem de Jamil Chade na Folha de S.Paulo.
"Lobão é alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal
(STF) relacionados à Operação Lava Jato; ele foi citado em delações
premiadas como um dos beneficiários do esquema de desvio de dinheiro na
Petrobrás ao lado de outros nomes do PMDB. Em outro inquérito, é
investigado por irregularidades nas obras das usinas de Angra 3 e Belo
Monte.
Controladores das contas procuraram a Justiça da Suíça para
tentar impedir o compartilhamento de informações sobre a movimentação
bancária com autoridades brasileiras, impedindo que os dados possam ser
usados em processos no Brasil. Por duas vezes, no entanto, os tribunais
suíços rejeitaram os recursos apresentados.
Numa das decisões, os advogados alegaram que não existem
provas de que o dinheiro tenha origem suspeita e que a medida é
desproporcional. Os juízes, porém, rejeitaram o argumento.
Mesmo após a recusa, os documentos e extratos não foram
repassados ao Brasil porque o processo ainda está em andamento na Suíça.
O Ministério Público da Suíça optou por manter bloqueadas as contas até
que seja esclarecida a origem".
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