O empreiteiro Marcelo
Odebrecht implodiu de vez Eliseu Padilha, ministro licenciado da Casa
Civil, no depoimento que prestou nesta tarde ao ministro Hermann
Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral.
Segundo Marcelo, foi Padilha quem
pediu R$ 10 milhões para o PMDB, em 2014, num jantar em pleno Palácio
do Jaburu, com a presença de Temer. Marcelo disse ainda que os
pagamentos foram feitos via caixa dois.
Na realidade, os recursos
saíram do departamento de propinas da empreiteira e foram levados, em
parte, ao escritório de José Yunes, melhor amigo de Temer, que disse ter
sido "mula" de Padilha.
Yunes afirmou que recebeu
um envolope de Lucio Funaro, empresário tido como operador de Eduardo
Cunha, preso há quatro meses em Curitiba. Funaro lhe teria dito que 140
deputados estavam sendo pagos pelo PMDB – o que indica que o impeachment
foi comprado.
Desesperado para se manter
no cargo que usurpou da presidente eleita Dilma Rousseff, Temer pedirá a
anulação do depoimento de Marcelo Odebrecht.
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