O governo Michel Temer acaba de trair os empresários que
apoiaram o golpe de 2016 ao anunciar, nesta quarta-feira 29, o fim das
desonerações sobre a folha de pagamentos para a maioria dos setores. A
equipe econômica anunciou ainda cobrança de IOF e corte nas despesas
para cumprir a meta fiscal de 2017.
Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, "a grande maioria deixa de ter desoneração da folha de pagamentos". Em comunicado
divulgado nesta quarta, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT)
afirmou que o arrocho de Temer pode provocar demissões em massa, num
país com desemprego recorde.
Para o setor do transporte rodoviário, metroviário e
ferroviário de passageiros, porém, a desoneração em folha será mantida,
assim como para construção e comunicação.
A equipe econômica anunciou a cobrança de IOF para
cooperativas de crédito - prevendo arrecadar R$ 1,2 bilhão com o
imposto. O corte nas despesas será de R$ 42,1 bilhões. Segundo o
governo, as medidas devem ter um impacto positivo de R$ 4,8 bilhões na
arrecadação.
Antes, Temer já havia traído os empresários com o fim do
conteúdo nacional no setor de óleo e gás e o fim dos empréstimos no
BNDES.
Leia mais na reportagem da Reuters:
Governo anuncia fim parcial de desoneração da folha e corte de R$42 bi do Orçamento de 2017
(Reuters) - O governo promoverá o fim parcial da desoneração da folha e elevará alíquota sobre IOF para cooperativas de crédito, dentro dos esforços para garantir o cumprimento da meta fiscal de 2017, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, prevendo arrecadação extra de 6 bilhões de reais neste ano com as medidas.
(Reuters) - O governo promoverá o fim parcial da desoneração da folha e elevará alíquota sobre IOF para cooperativas de crédito, dentro dos esforços para garantir o cumprimento da meta fiscal de 2017, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, prevendo arrecadação extra de 6 bilhões de reais neste ano com as medidas.
Além disso, haverá contingenciamento de 42 bilhões de reais
no Orçamento deste ano para atingir o objetivo, que também contará com
receitas de 10,1 bilhões de reais por decisões favoráveis na Justiça
envolvendo a retomada para a União de usinas hidrelétricas.
Na semana passada, o governo havia identificado rombo
excedente no Orçamento de 58,2 bilhões de reais, que impedia cumprir a
meta de déficit primário de 139 bilhões de reais.
(Reportagem de Marcela Ayres)
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