O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convoca, em vídeo,
todos os brasileiros para irem às ruas neste domingo (21) pedir eleição
direta para presidente da República.
"Neste governo ilegítimo o estudante não cabe na faculdade, o
trabalhador não cabe na folha de pagamento e o aposentado não cabe nas
contas da Previdência. Eles acham que o povo é um problema. Eu continuo
afirmando que o povo é solução", afirma o ex-presidente.
Alvo da maior perseguição judicial da história do País, Lula
lidera em todos os cenários de intenções de voto, de acordo com
pesquisa Datafolha, divulgado no final do mês passado. O petista
alcançou números entre 29% e 31% das intenções de voto no primeiro
turno (veja aqui).
Pesquisa feita pelo 247 com 5.757 internautas aponta que
nada menos que 98,5% dos brasileiros defendem a realização de eleições
diretas para presidente (leia aqui).
As eleições diretas são uma necessidade para solucionar para
a maior crise institucional no Brasil, provocada por um golpe contra
Dilma Rousseff, inocentada tanto pelo Ministério Público (MPDFT) como
por uma auditoria do Senado, e que aumentou com as denúncias de
corrupção contra Michel Temer, que será investigado por corrupção
passiva, associação criminosa e tentativa de obstrução à Justiça.
Os delatores e donos da JBS, os empresários Joesley Batista e
seu irmão Wesley, afirmaram que Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha
Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que
controla a JBS).
Depois, o parlamentar foi filmado recebendo uma mala com R$
500 mil enviados por Joesley. O empresário disse a Temer que estava
dando ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio
Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação,
Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?". O teor das delações foi
publicado pelo colunista Lauro Jardim, do Globo.
Em nota, Temer disse que "jamais" solicitou pagamentos para
obter o silêncio de Cunha e negou ter participado ou autorizado
"qualquer movimento" para evitar delação do correligionário.
Mas o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma
que Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) agiram "em
articulação" para impedir o avanço da Lava Jato. "Verifica-se que Aécio
Neves, em articulação, dentre outros, com o presidente Michel Temer, tem
buscado impedir que as investigações da Lava Jato avancem, seja por
meio de medidas legislativas, seja por meio de controle de indicação de
delegados de polícia que conduzirão os inquéritos", afirma Janot.
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