247 – O
ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, que está preso em Curitiba e
negocia um acordo de delação premiada, acusou seu sucessor no cargo,
Guido Mantega, de montar uma central para venda de informações a
instituições financeiras, antecipando movimentos nos juros, no câmbio e
em medidas provisórias de interesse do setor.
As informações são de Marina Dias, Daniela Lima e Mônica Bergamo, em reportagem publicada na Folha.
"Nas negociações para fechar um
acordo de colaboração premiada, o ex-ministro Antonio Palocci sustenta
que seu sucessor na Fazenda, Guido Mantega, montou uma espécie de
central de venda de informações para o setor financeiro durante os
governos petistas. A sede seria o prédio do Ministério da Fazenda em São
Paulo, na avenida Paulista, onde Mantega costumava despachar às
sextas-feiras", diz o texto. "Palocci implica o sucessor em um suposto
esquema de repasse de informações privilegiadas. Segundo ele, Mantega
antecipava dados a respeito de juros e edição de medidas provisórias,
por exemplo, que eram de interesse de bancos, em troca de apoio ao PT."
Mantega rebateu, dizendo que sua gestão, mais desenvolvimentista, era frequentemente criticada pelos bancos, que tinham em Palocci um interlocutor principal.
Mantega rebateu, dizendo que sua gestão, mais desenvolvimentista, era frequentemente criticada pelos bancos, que tinham em Palocci um interlocutor principal.
Já condenado a mais de 12 anos de
prisão, Palocci busca uma saída e pode implicar também o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva em sua delação.
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