247 - Sob o comando de Michel Temer, as Forças Armadas do Brasil vivem seu pior momento.
Segundo o comando das Forças, neste ano, houve um
contingenciamento de 40%, e o recurso só é suficiente para cobrir os
gastos até setembro. Se não houver liberação de mais verba, o plano é
reduzir expediente e antecipar a baixa dos recrutas. Atualmente, já há
substituição do quadro de efetivos por temporários para reduzir o custo
previdenciário. Integrantes do Alto Comando do Exército, Marinha e
Aeronáutica avaliam que há um risco de "colapso".
A Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC)
do Exército, responsável por monitorar o uso de explosivos, está sendo
atingida. Perdeu parte da capacidade operacional para impedir o acesso a
dinamites por facções como Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando
Vermelho, que roubam bancos e caixas eletrônicos.
O Comando do Exército confirmou que o contingenciamento
reduz "drasticamente" a fiscalização do uso de explosivos, abrindo
caminho para o aumento de explosões de caixas. A DFPC é um dos órgãos
das Forças Armadas de apoio ao sistema de segurança pública atingidos
pela falta de recursos.
A diretoria está tendo dificuldades de manter operações e
combater desvios de explosivos para o crime organizado. No mês passado, a
Federação Nacional dos Bancos (Febraban) esteve na Comissão de
Segurança Pública da Câmara para pedir maior combate ao crime
organizado. Há 23 mil agências e 170 mil terminais de autoatendimentos
no País. Só neste mês, quadrilhas destruíram com dinamites agências em
Lindoia (SP), em Indaiatuba (SP) e em Capelinha (MG). Em junho, os
bandidos agiram em Brasília – são 22 ações desde 2016 no Distrito
Federal.
As informações são de reportagem de Tania Monteiro e Leonencio Nossa no Estado de S.Paulo.
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