
247 - O movimento que defende a anulação do
impeachment se reuniu com parlamentares de diversos partidos na tarde
dessa terça-feira (15), em audiência na Câmara dos Deputados, para
definir os próximos passos da campanha que busca anular o processo que
depôs a ex-presidente Dilma Rousseff.
A principal ação do Movimento Nacional pela Anulação do
Impeachment (MNPAI) é uma campanha para coleta de 1,3 milhão de
assinaturas com o objetivo pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a
julgar o processo.
"Essa reunião foi altamente produtiva. Nós percebemos que os
parlamentares aqui presentes estão fechados conosco na luta pela
anulação do impeachment", avalia Edva Aguilar, militante do PT de São
Paulo.
Estiveram presentes comitivas de Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo e Distrito Federal e deputados como Paulo Teixeira
(PT/SP), Paulo Pimenta (PT/RS), Margarida Salomão (PT/MG) e Wadih Damous
(PT/RS).
"Precisamos cobrar do Supremo Tribunal Federal (STF) uma
posição, que eles levem a julgamento e digam se houve ou não houve crime
de responsabilidade, digam se Eduardo Cunha comprou ou não votos e se
estava ou não em condição de dirigir aquele processo", afirma o deputado
Paulo Teixeira, que organizou o encontro.
Amanda Leite, membro do comitê de São Paulo do MNPAI, diz
que o que o grupo espera “que se anule o impeachment e para restituir o
Estado democrático de direito no Brasil, para salvar o nosso país dessa
situação”. Ela entende que a reunião foi um marco no prosseguimento da
mobilização.
O grupo definiu que irá marcar uma conversa com José Eduardo
Cardozo, advogado de Dilma Rousseff, com Eugênio Aragão e,
posteriormente, irá à Procuradoria Geral da República (PGR), onde está o
processo. O deputado Wadih Damous explica que a PGR ainda não emitiu
parecer acerca do pedido de anulação. Ele entende que é preciso ir "ao
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, exigir que ele cumpra com
seu dever, oficie nos autos, dê seu parecer e remeta imediatamente os
autos para o Supremo".
"Com os autos no Supremo, aí é outra briga, vai ser a briga
pra marcar o julgamento. Marcado o julgamento, é o povo ir pra porta do
STF exigir a anulação do impeachment", conclui o deputado.
"No momento em que todos esses golpistas fogem da justiça, a
presidenta Dilma quer ser julgada pela justiça, pela Constituição
brasileira. Nós estamos aqui para ajuda-la, para que esse julgamento se
efetive, para que o STF anule o golpe e o nosso país possa retomar a
democracia", diz o membro do MNPAI Ananias Andrade.
0 Comments:
Postar um comentário