247 - Embora tenha assumido o compromisso,
há um ano, de que o rombo das contas do governo não ultrapassaria os R$
139 bilhões em 2017, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já
admite mudanças.
A revisão da meta fiscal de 2017 terá como limite o rombo
das contas do governo no ano passado, que alcançou R$ 159,5 bilhões ou
2,54% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso significa uma liberdade para
aumentar o déficit projetado para este ano em até R$ 20 bilhões.
Meirelles avisou à equipe que tomará a decisão final até 31
de agosto, quando será enviado ao Congresso o projeto de Orçamento do
ano que vem. A meta fiscal de 2018, que permite um déficit de até R$ 129
bilhões, também deverá ser revista.
Ontem, o ministro Meirelles admitiu que estuda rever o
compromisso feito há um ano de que os gastos públicos neste ano não
superariam a arrecadação com impostos, sem contar os juros da dívida
pública, em até R$ 139 bilhões. “Em relação à questão fiscal, estamos
analisando o assunto. No momento, a meta anunciada será seguida”,
afirmou.
A avaliação da Fazenda é que é inviável manter o corte do
Orçamento nos níveis atuais (R$ 45 bilhões) por conta do risco de
paralisação da máquina administrativa, afetando serviços públicos. Com
um corte menor, de R$ 39 bilhões, já houve reclamação das polícias
Federal e Rodoviária Federal, que alegaram que a restrição orçamentária
prejudicou a confecção de passaportes e as patrulhas nas rodovias.
As informações são de reportagem de Adriana Fernandes no Estado de S.Paulo.
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