SP 247 - A revelação da existência do cartel das
empreiteiras que tocaram diversas obras milionárias sob o tucanato em
São Paulo caiu como uma bomba no PSDB.
Caciques da sigla passaram a terça (19) discutindo com
aliados os eventuais efeitos sobre as principais candidaturas do
partido, a começar pela hoje provável postulação do governador Geraldo
Alckmin (SP) à Presidência.
Houve silêncio geral sobre o episódio, a começar pelo
próprio Alckmin, que cancelou agenda pública na terça. A defesa inicial
do governo deverá ser feita nesta quarta pela Secretaria de Transportes
Metropolitanos.
O raciocínio da cúpula tucana é óbvio: mesmo que a
investigação criminal sobre o caso demore a acontecer e/ou não encontre
nada que comprometa o governador e auxiliares, já que o cartel operou em
boa parte da gestão Alckmin, está dada munição para seus adversários.
E justamente no ponto considerado, em pesquisas internas, o
mais forte de Alckmin: a reputação de honestidade pessoal, vital em
tempos de Operação Lava Jato.
Como disse um dirigente da sigla, praticamente não importa
se o tucano vai ou não ser implicado. A presença do tema na campanha,
argumenta, já basta para causar embaraço ao governador.
As informações são de reportagem de Igor Gielow na Folha de S.Paulo.
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