247 - Com dificuldade para obter votos até a próxima
semana, Michel Temer e aliados admitem a possibilidade de deixar para
fevereiro a votação da reforma da Previdência.
O balanço mais recente feito pelo Planalto apontou um placar
estacionado em torno de 270 votos, abaixo dos 308 necessários. A ideia
do governo é tentar votar o texto entre os dias 18 e 20, antes do início
do recesso parlamentar.
Para tanto, quer iniciar na quinta (14) o debate o em
plenário como forma de estimular líderes partidários a sair publicamente
em defesa da proposta –ao mesmo tempo, sentir a temperatura do quadro
de votos.
Porém, diante do risco de não conseguir levar a estratégia
adiante, o Planalto passou a formular o discurso de que a votação pode
ficar para fevereiro. "Se não conseguirmos [votar na semana que vem],
vou sentir que perdemos uma batalha, mas não perdemos a guerra", disse o
deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que assume na quinta como ministro da
articulação política (Secretaria de Governo) com a missão de angariar
mais apoio à reforma.
As informações são de reportagem de Gustavo Uribe, Marina Dias, Daniel Carvalho, Maeli Prado, Natália Cancian e Thais Nilenky na Folha de S.Paulo.
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