A
Igreja recorda hoje a memória de Santa Batilde, viúva, +680, Santa
Jacinta Mariscotti, v., +1640, Santa Martinha, diaconisa, virgem, +226 e
Santa Aldegundes, abadessa, +684.
Evangelho (Mc 5,21-43)
Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas (Mt 8,17).
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele
tempo, Jesus atravessou de novo, numa barca, para a outra margem. Uma
numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia.
Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando
viu Jesus, caiu a seus pés, e pediu com insistência: "Minha filhinha
está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e
viva!"
Jesus
então o acompanhou. Numerosa multidão o seguia e comprimia. Ora,
achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com hemorragia; tinha
sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em
vez de melhorar, piorava cada vez mais.
Tendo
ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da
multidão, e tocou na sua roupa. Ela pensava: "Se eu ao menos tocar na
roupa dele, ficarei curada". A hemorragia parou imediatamente, e a
mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. Jesus logo
percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da
multidão, perguntou: "Quem tocou na minha roupa?" Os discípulos
disseram: "Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas:
'Quem me tocou'?"
Ele,
porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo. A
mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia
acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade.
Ele lhe disse: "Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa
doença".
Ele
estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da
sinagoga, e disseram a Jairo: "Tua filha morreu. Por que ainda incomodar
o mestre?" Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: "Não
tenhas medo. Basta ter fé!" E não deixou que ninguém o acompanhasse, a
não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. Quando chegaram à casa do chefe
da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando.
Então,
ele entrou e disse: "Por que essa confusão e esse choro? A criança não
morreu, mas está dormindo". Começaram
então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a
mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram
no quarto onde estava a criança. Jesus pegou na mão da menina e disse:
"Talitá cum" — que quer dizer: "Menina, levanta-te!" Ela levantou-se
imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram
admirados. Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo
daquilo. E mandou dar de comer à menina.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.
Reflexão sobre o Evangelho:
DOIS GESTOS DE MISERICÓRDIA
- Jesus não se furtava de mostrar-se misericordioso com quem dele se
aproximava. Não havia quem recorresse a ele e não fosse atendido. A
única condição que exigia era a fé.
A
misericórdia de Jesus manifestava-se, fundamentalmente, em forma de
restauração da vida. Por isso, sensibilizou-se com o pedido comovente de
um pai, cuja filhinha estava à beira da morte. Jesus foi salvá-la,
exigindo do pai apenas a fé. A multidão incrédula ridicularizava Jesus
por ter afirmado que a menina não estava morta, mas apenas dormindo.
Mas, a fé daquele pai não ficou sem resposta. A misericórdia de Jesus
devolveu-lhe a filha sã e salva.
Na
mesma circunstância, uma mulher que sofria de uma hemorragia, há muito
tempo, também recorreu a Jesus, para ser curada. Diferentemente do chefe
da sinagoga, ela agiu às escondidas: pensou em ser agraciada, com o dom
da cura, sem que Jesus mesmo percebesse. Entretanto, ele não se deixou
pegar de surpresa, pois a mulher, já curada, foi obrigada a sair do
anonimato.
Jesus
não deixou passar em silêncio aquele gesto de profunda fé. Ele mesmo
declarou ter sido a fé quem a levara a obter a cura, conduzindo-a à
vida, cuja fonte é o próprio Jesus.
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