
Rio Grande do Sul 247 - Criticada pela
defesa e por aliados do ex-presidente Lula, a elevação da pena de forma
idêntica e unânime vem sendo pouco frequente nos julgamentos da Operação
Lava Jato pela oitava turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª
Região).
Na última quarta-feira (24), os três juízes da corte
responsáveis pelo caso do tríplex decidiram em comum acordo confirmar a
condenação de primeira instância do ex-presidente e votaram por pena
igual: 12 anos e um mês de prisão.
Em 104 casos da operação julgados pelo trio de juízes
levantados pela Folha, essa situação ocorreu com 9 réus (8,7%). Foram ao
todo 38 ocasiões em que eles decidiram aumentar as penas estabelecidas
ou condenar alguém que não tinha sido considerado culpado na primeira
instância –mas nem sempre de forma unânime no tamanho da punição..
Do total de casos analisados, em 42 os juízes decidiram
manter decisões da Justiça Federal do Paraná, expedidas pelo juiz Sergio
Moro. Em 6 casos, réus foram absolvidos após terem sido condenados no
primeiro grau.
Ainda que o grupo tenha se tornado conhecido pelo rigor das
sanções impostas, divergências entre eles são muito comuns. Laus tende a
discordar mais dos colegas, enquanto Gebran costuma votar por penas
mais duras. Quando isso ocorre, prevalecem os votos da maioria.
O placar formado contra Lula tem grande importância no caso
do ex-presidente porque barrou a possibilidade de um tipo de recurso
chamado de embargos infringentes, em que outros juízes da corte seriam
chamados para analisar o processo antes de sua conclusão no próprio TRF.
As informações são de reportagem de Felipe Bachtold na Folha de S.Paulo.
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