Passada a Copa do Mundo começou na segunda, 14, em Fortaleza, a reunião
dos BRICS, no Centro de Convenções do Ceará, com o encontro da área
econômica e a presença de empresários.
O que são BRICS?
O Brics (em inglês, "bricks" significa "tijolos"), grupo que
representa os países emergentes como forma de se contrapor às potências
econômicas, é integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul.
O evento é de grande repercussão global e atualmente chama mais
atenção internacionalmente, do que um encontro dos países mais ricos do
mundo, o G7.
Um fato estranho foi Putin, da Rússia, ter convidado a Argentina para
participar dessa 6ª Cúpula do Brics, em Fortaleza, num momento de
extrema tensão vivido entre brasileiros e argentinos, cada qual em seu
hemisfério e com suas peculiaridades.
O Brasil poderá ter prejuízos com essa reunião dos BRICS, segundo análise publicada no jornal "E l país".
Putin começou seu giro nas Américas por Cuba, de quem perdoou uma
dívida antiga: 35 bilhões de dólares (77 bilhões de reais) emprestados
pela antiga União Soviética.
Antes de passar pelo Maracanã, esteve em Buenos Aires, aonde assinou acordos sobre energia nuclear e declarou a Argentina "principal parceira sul-americana" de seu país.
Desde a anexação da Crimeia, Putin anda em busca de um reconhecimento extra regional para seu quarto império russo.
O primeiro ministro chinês, Xi Jinping também protagoniza um curioso descobrimento da América.
Além do Brasil visitará Cuba, Venezuela e a Argentina.
É esperado como um exótico Papai Noel.
Em Brasília anunciará a compra de 60 aviões da Embraer; e em Buenos
Aires, a construção de duas represas por 6 bilhões de dólares (13
bilhões de reais).
Todas essas ações econômicas incomodam o Brasil.
A China é um competidor nos negócios com os países vizinhos.
Por exemplo: na licitação das represas argentinas, a Gezhouba chinesa derrotou a brasileira Odebrecht.
Xi Jinping se preocupa com a América Latina por estar perdendo
espaços de influências na Ásia, em função da concorrência com
Washington.
O Japão, o Vietnã e as Filipinas selaram acordos militares cada vez mais intensos com os Estados Unidos.
Isso prejudica a presença hegemônica da China entre os asiáticos.
A solução foi a China ganhar cada vez mais espaço econômico na América Latina e no Caribe.
E a Rússia, que vive momento econômico difícil, que "alfinetar" o Brasil, aproximando-se, como já se aproximou, da Argentina.
Um jogo de xadrez, o que está sendo jogado nessa reunião dos BRICS, em Fortaleza.
Vamos ver quem ganhará mais!
Fonte: Ney Lopes
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