TV Globo lembra obra de Cortez Pereira e o RN esquece a sua memória

A rede Globo, no programa "Globo Rural" de hoje, 15, em rede nacional, apresentou longa reportagem sobre a economia do Rio Grande do Norte.
Destacou a liderança nacional e internacional do estado na criação de camarão.
A produção já beira 25 mil toneladas.
Contribui no abastecimento do país (o maior produtor) e ainda exporta para vários países.
Tudo isso se deve a um ex-governador: Cortez Pereira.
Competente, capaz, criativo.
Pagou caro por isto.
O RN não perdoa a competência e premia o servilismo e a submissão.
Morreu no ostracismo, em fevereiro de 2004
A quem mais ele ajudou não lhe prestou sequer homenagem póstuma.
Entre suas obras o primeiro plano de desenvolvimento integrado da história do país – o Rural Norte – encampado pelo Governo Federal com a denominação de "Polo Nordeste".
Questionou o modelo de desenvolvimento da SUDENE.
Criou vinte vilas rurais nas terras devolutas da Serra do Mel e plantou 40 mil hectares de cajueiros para empregar 30 mil desempregados das salinas.
A sua ideia era criar classe média rural pelo incentivo à colonização, cultura e industrialização de produtos agrícolas adequados às condições de cada mini região, tais como, caju, coco, bicho da seda, melão e frutas em geral.
Toda essa estratégia transformou-se em exemplo vivo para uso do Governo Federal no programa atual dos "sem terras".
Para estimular os pequenos salineiros prejudicados pela mecanização das grandes salinas financiadas pela SUDENE, Cortez imaginou a criação de camarão nas áreas de mangue e salinas. 
Hoje o RN continua referência no criatório de camarões no país.
Construiu o estádio "Machadão" e ao lado o Centro Administrativo, que deveria ter o seu nome.
Cortez criou o polo têxtil do Estado, através da integração vertical do algodão Seridó e a fabricação de tecido.
Atraiu a primeira fábrica de tecido norte-rio-grandense, dirigida pela família Alves, que comandava ferrenha e cruel oposição ao seu governo.
Cortez estimulou o plantio de café e arroz nas serras do Alto Oeste, fabricação de barrilha em Macau (com grande colaboração do então deputado Florêncio Queiroz) e recuperação de salinas com a disseminação do cooperativismo.
Foi ele o grande incentivador do turismo potiguar com a doação de duas áreas para a Editora Abril construir hotéis e a transformação da Casa de Detenção de Natal em "Centro de Turismo".
Estimulou o planejamento familiar.
Executou programa de construção de pequenos açudes.
O GLOBO RURAL de hoje, em rede nacional, lembrou a obra de Cortez, de implantação do criatório de camarões, hoje sustentáculo da economia local e nacional.
Resta indagar: quem tem a iniciativa atualmente de homenagear a memória de Cortez Pereira?
Quem?
Fonte: Ney Lopes 

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