Primeiro, foi o próprio
interino Michel Temer, acusado por Marcelo Odebrecht de pedir R$ 10
milhões em pleno Palácio do Jaburu, que teriam sido doados pela
contabilidade paralela da empreiteira (leia aqui).
Em seguida, apareceu o
chanceler interino José Serra, beneficiário de uma doação clandestina de
R$ 23 milhões, paga, em parte, no exterior (leia aqui).
Agora, é a vez de Gilberto Kassab, ministro das Comunicações e da Ciência & Tecnologia. De acordo com a colunista Mônica Bergamo, ele também foi citado na delação de executivos da Odebrecht.
No entanto, o Ministério Público também busca provas de eventual corrupção, que possam ir além do caixa dois.
"O Ministério Público
Federal está torcendo o nariz para mais um capítulo da delação premiada
que negocia com a Odebrecht: o que inclui o ex-prefeito e hoje ministro
da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, no rol dos políticos que
receberam recursos da empreiteira", diz a colunista. "O
nome de Kassab surgiu em declarações preliminares de executivos. Os
procuradores não aceitam, porém, a tese da empreiteira, adotada também
para outros políticos, de que tudo não passou de caixa dois para campanhas eleitorais."
A tese dos procuradores é
de que as doações foram propina – ou seja, a contrapartida por algum
benefício oferecido pelo político. "De
acordo com profissional familiarizado com as negociações, 'esse é um
dos grandes cabos de guerra do MP com a Odebrecht atualmente: os
promotores para tudo exigem o 'ato de ofício', comprovando que para cada
real dado pela empresa houve uma retribuição das autoridades
políticas'", informa a jornalista.
Kassab preferiu não comentar o assunto.
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