Tentando faturar com a inauguração da obra da Transposição
do Rio São Francisco, Michel Temer foi recebido nesta sexta-feira 10
pelos paraibanos de Monteiro com um protesto pedindo, com faixas,
cartazes e gritos, sua saída da região e do governo.
"Em seis anos do governo da presidenta Dilma, ele (Temer)
nunca veio à Paraíba para tratar sobre a transposição. Queremos mostrar
para todos que ele não tem legitimidade para inaugurar essa obra", disse
o coordenador do movimento que liderou o protesto e integrante da UJS,
Maílson Lima.
O peemedebista viajou à Paraíba para inaugurar o Eixo Leste
da obra. Já acostumado a responder sobre protestos que têm ele como
alvo, sempre lembrando que isso é sinal da democracia em que vivemos,
Temer ironizou nesta sexta: "Como eles estão no sol, no fim do dia eu
tenho certeza de que vão se banhar com as águas da Transposição".
"Eles são meus amigos e isso é a revelação mais clara da
democracia que estamos vivendo. No mesmo momento em que estamos trazendo
uma grande obra, do outro lado fazem um protesto", completou.
Em entrevista ao jornalista Jorge Bastos Moreno, Temer se
recusou a reconhecer que a transposição é uma obra histórica iniciada no
governo Lula e executada em sua maior parte no governo Dilma Rousseff,
deposta pelo golpe em 2016, apesar do reconhecimento da população de que
os petistas que a realizaram.
"Ninguém pode ter a paternidade das obras de transposição",
disse ele. "Não quero a paternidade dessa obra. Ninguém pode tê-la. Ela é
do povo brasileiro e nordestino porque foram vocês que pagaram os
impostos que nos permitiram fazer essa obra".

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