247 – A Justiça brasileira deu mais uma demonstração de partidarização nesta quarta-feira 9.
De um lado, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos mais
delatados na Lava Jato e acusado de receber um terço da propina desviada
de Furnas, estatal do setor elétrico em Minas Gerais, foi inocentado
pela Polícia Federal no processo.
De outro, a Câmara de Combate à Corrupção da Procuradoria
Geral da República (PGR) decidiu desarquivar uma investigação contra o
ex-presidente Lula relacionada ainda ao caso do 'mensalão', como informa
reportagem de Vinicius Sassine.
O caso envolvendo Lula trata de um suposto pagamento de US$ 7
milhões da Portugal Telecom para o PT quitar dívidas de campanhas
eleitorais. A acusação foi feita pelo empresário Marcos Valério e a PF
abriu um inquérito em 2013 para apurar o episódio.
Valério acusou Lula e o ex-ministro da Fazenda Antonio
Palocci de terem negociado o pagamento pessoalmente, dentro do Palácio
do Planalto. Mais de 20 pessoas foram ouvidas pela PF no inquérito e os
investigadores não encontraram indícios dos pagamentos.
A Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) pediu
o arquivamento das investigações em setembro de 2015, mas a Câmara de
Combate à Corrupção, que revisa atos como arquivamentos de inquéritos,
decidiu que a investigação deveria continuar.
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