247 - A falta de recursos para as Forças
Armadas interrompeu a implementação do Sistema Integrado de
Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que auxilia na fiscalização da
entrada ilegal de armas e drogas no País. Criado em 2012 e previsto para
ser concluído em dez anos, o Sisfron só cobriu até agora 600
quilômetros de uma faixa de 17 mil km de fronteiras. O prazo de
conclusão foi adiado para 2040.
De acordo com dados das Forças, o sistema teve
contingenciados R$ 166 milhões dos R$ 427 milhões que o Exército colocou
como previsão na Lei Orçamentária deste ano.
O Exército, a Marinha e a Aeronáutica registraram um
contingenciamento de 40% neste ano, sem contar alimentação, salário e
saúde dos militares. De acordo com o comando das Forças Armadas, existe
um risco de “colapso” e os recursos só serão suficientes para cobrir os
gastos até setembro.
Oficiais-generais ouvidos pelo Estado afirmaram que o País
gasta mais com deslocamentos de agentes para ações de segurança nas
metrópoles. Um dia de operação de um batalhão do Exército no Rio, por
exemplo, custa R$ 1 milhão. O Planalto escolheu o Rio como vitrine de
sua proposta de combate à violência em todo o País. A avaliação de um
desses generais é de que cortar recursos do Sisfron e gastar em
deslocamentos não ajudam a solucionar a violência.
Fronteira norte. Além do Sisfron, a série de
contingenciamentos no orçamento das Forças Armadas tem provocado impacto
também no trabalho de reconhecimento nas fronteiras da Amazônia. O
Exército enfrenta dificuldades de compra de combustível para que os
militares possam se deslocar pelas áreas de fronteiras.
As informações são de reportagem de Tânia Monteiro e Leonencio Nossa no Estado de S.Paulo.
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