247 – Em entrevista à TV 247, o deputado
Paulo Pimenta (PT-RS) aponta um motivo para a queda de Michel Temer,
apontado como chefe de uma quadrilha que desviou R$ 567 milhões nos
últimos anos.
– Três integrantes da quadrilha, Eduardo Cunha, Geddel
Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, já estão presos. Outros três,
Michel Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco, estão no Palácio do
Planalto. Eles precisam se encontrar.
Nesta mesma entrevista Pimenta denunciou a existência de uma
"Conexão Curitiba" no Poder Judiciário, que visa travar todos os
recursos do ex-presidente Lula para impedi-lo de se candidatar em 2018.
Em entrevista ao site Brasil 247, nesta sexta-feira (22), o
deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) denunciou um esquema no Poder
Judiciário brasileiro para condenar o ex-Presidente Lula e
inviabilizá-lo como candidato nas eleições de 2018. O que para alguns
poderia ser visto como apenas uma "simples coincidência" é classificado
por Pimenta como "Conexão Curitiba".
Todos sabem da ligação do juiz Sérgio Moro com Curitiba,
assim como dos delegados e procuradores da Lava Jato com a capital
paranaense. Porém, o que quase ninguém sabe é que os membros do Poder
Judiciário de instâncias superiores que julgarão as decisões de Moro
contra Lula também são todos de Curitiba e de círculos próximos ao do
magistrado que persegue o ex-Presidente.
Conforme Pimenta, o desembargador do Tribunal Regional
Federal da 4ª região João Pedro Gebran Neto, responsável por julgar
recursos de pessoas condenadas em primeira instância na Lava Jato, é
natural de Curitiba, onde se formou e fez carreira no meio jurídico. Já
no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o relator dos processos da Lava
Jato é o ministro Felix Fischer, que também tem forte ligação com
Curitiba e região, onde foi professor de diversas universidades de
Direito ao longo da década de 1970, 1980 e 1990 até ser nomeado por
Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para o cargo de ministro no STJ.
O curioso é que Félix Fischer não era o relator dos casos da
Lava Jato no STJ, que estavam sob a responsabilidade do ministro
Marcelo Navarro. Mas em dezembro de 2015, a relatoria saiu das mãos de
Navarro e foi para as mãos de Félix Fischer em razão de uma regra
regimental do STJ. Ontem (21), Felix Fischer negou o recurso da defesa
de Lula que pedia a suspeição do juiz Sérgio Moro, contrariando o
parecer da desembargadora Áurea Maria Etelvina Nogueira Lustosa Pierre.
Por fim, lembra Pimenta, o relator da Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal é o ministro Edson Fachin, formado em Direito pela
Universidade Federal do Paraná. Assim como ocorreu no STJ, Fachin não
era o relator dos casos da Lava Jato na Suprema Corte. Ele só assumiu a
relatoria após a morte de Teori Zavascki, em uma manobra do próprio STF,
como explica o deputado Paulo Pimenta. "O Fachin era da primeira turma,
e o colegiado responsável pela análise da Lava Jato no STF era a
segunda turma da Corte. Fachin foi então transferido da primeira para a
segunda turma, e "coincidentemente" foi ele o sorteado para ser o
relator da Lava Jato", recorda Pimenta.
De acordo com Pimenta, o episódio "Fachin" fecha o ciclo da "Conexão Curitiba", que segundo ele foi montado estrategicamente para
afastar Lula das eleições de 2018. "Não são coincidências, são
evidencias de que há um rearranjo dentro do Poder Judiciário que está
sendo cumprido. Essas relações pessoais e profissionais que se misturam
entre o juiz Sérgio Moro, o desembargador Gebran Neto, e os ministros
Félix Fischer e Edson Fachin beiram o repugnante, assim, como por outro
lado, revelam os riscos para o Direito brasileiro das decisões que serão
tomadas e referendadas, uma vez que, ao que parece, não serão baseadas
em provas ou nas leis, mas muito mais sustentadas por uma lealdade de
uma "confraria de amigos" dessa Conexão Curitiba", denunciou Pimenta.
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